sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Penso em você.


Penso em você. Com tanta ternura, com tanto carinho. Não vejo possibilidade alguma disso se desfazer, nem rápida e muito menos lentamente. Não tem como te esquecer. Nunca teve. E em todos esses anos que te conheço, a cada dia que se passava, era impossível cogitar a possibilidade de não te ter.

Engraçado como algumas histórias se arrastam a medida que o tempo passa, como a relação entre as pessoas se desgasta e o amor fica esquecido ou fingido o tempo todo. É essa a diferença que me invade: saber que nada é fingindo ou esquecido entre nós.

Muitos desenganos. Acontece quando resolvemos mudar um caminho em nossas vidas que temos praticamente certeza de que não conseguiremos. Mas tentamos. Lutamos e relutamos diariamente em meio há tantos erros, acertos, qualidades e defeitos que adquirimos com o tempo e acabamos não só trilhando mas como também retrilhando caminhos deixados de lado. Era esse o X da questão de todo esse tempo: o meu caminho que era você e que eu sempre tentei correr.

Penso em você. Exatamente como eu pensava no começo, desesperadamente com tanto apego. Sei que os caminhos são tortos e tortuosos. Que entre nós existe um caos e uma calma desconsertantes mas sem nenhum apelo. Nada venenosos. Não dava pra ser diferente. Somos opostos que se atraem e se distraem a medida que a paisagem vai mudando em meio a cidade, onde costuma amanhecer mais bonito quando eu sei que eu estou pensando em você.

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