segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Eu.




Eu poderia queimar todos os cigarros desse mundo em busca de respostas. Mas já diziam que o que move as nossas vidas são as perguntas, então de que valia teriam as respostas que procuro se preciso das perguntas, quando não se tem o que perguntar? Seria então um ciclo: "se não
obtiver perguntas, nunca obterá as respostas?". Isso pode soar incessantemente egoísta, mas é absurdamente intrigante, porque algumas respostas não precisam de perguntas e tampouco de coadjuvantes que possam auxiliar nessa jornada que nós não sabemos, de fato, aonde vamos terminar. TERMINAR, isso! Como dá medo somente esboçar nos lábios essa palavra. Terminar algo que pode ser interminável é uma forma de remediar o irremediável? Ou, então, uma forma de se enganar não se enganando? Milhões de perguntas se formam, e se elas movessem o mundo como todos dizem incansavelmente, alguém poderia, portanto, me responder por que o céu se chama céu? por que o leite se chama leite? por que o rosa se chama rosa?. Chego a conclusão de que por mais que as perguntas tenham uma importância significativa em nossas vidas, de qualquer forma, elas não movem a vida pelo simples fato de que algumas coisas não podem ser explicadas, apenas sentidas, vistas e apreciadas e o tempo que as mesmas duram podem ser pra sempre ou então pra nunca mais.
Só queria entender porque mesmo tragando a mais instigante nicotina e movida de pensamentos, eu insisto, eu invisto, eu persisto, eu existo, eu reinvindico, eu referencio, eu sinto, eu me nego, eu me prezo, eu me poupo, eu me prendo, eu me renego, eu me inverto, eu me procuro, eu me protejo, eu me projeto. Eu, eu, eu... Me reinvento, e invento e invento e inven... Deixa pra lá!.