domingo, 22 de agosto de 2010

Tempo exato.

Tempo exato não cabe na palma da mão. Não transpira, não atina e nem desatina, não. Todo tempo, se não aproveitado e compartilhado, se resulta em solidão. Tempo em anos, meses, dias, horas, minutos e segundos. Tempo de se perder, de se encontrar, de mudar o - por que não o seu? - mundo.

Tempo exato não tem calma e não tem caos. Os ponteiros se encontram e se desencontram, em um compasso frenquentemente descompassado e ponto final. Tempo demasiadamente longo pra mudar, adaptar, limpar, transmutar e continuar.

" Tempo, tempo, tempo, mano velho! ". Não existe um aliado melhor do que o tempo. No tempo que se foi, aproveitamos as migalhas que nos foram deixadas, de cicatrizes ocasionadas, paixões condenadas, amores falidos e bandidos. No tempo que virá, abrimos o coração e esperamos bons ventos, sem tantos tormentos, mentiras ou contradições - e sem interrupções - e por um único motivo: todo tempo exato, é lindo.

Tempo exato é aquele que é. Faz, refaz, modela, conserta, bagunça, ludibria, persuade e sente. Tempo exato é hoje, nesse momento, onde podemos pensar no que fomos, somos e ainda seremos. Tempo exato é agora, nesse momento, onde você pensa, repensa e se acalenta no simples fato de que pensar já faz o tempo se desajeitar, passar e continuar passando.

Enquanto o tempo for tempo e ainda houver tempo, ainda existem formas de crescer e aceitar. Que tempo é tempo. E se é tempo, tempo sempre será.