terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Horizonte.


Caminhei. Caminhei arduamente e incansavelmente à procura de. Longos dias andando pra lugar nenhum em uma busca descabida pra encontrar o que. Era difícil. Muitos ventos. Muitos sóis. Muitos pensamentos e um pouco de nós. Não encontrei. Meus olhos não poderiam alcançar aqueles passos largos, os mesmos, que eu não conseguia ver.

Eu não podia parar. Não podia ficar pra trás, mas eu sabia que deveria deixar tudo pra trás. Com ou sem sapatos, com ou sem os fardos, com ou sem atos falhos e todos os atalhos que sempre utilizei pra fugir daquilo que eu não podia vencer. Não dava pra continuar parada à espera de algo que eu não sabia se me encontraria. Então, decidi encontrar. Continuei caminhando com o céu, o mar, o sol, a lua, a chuva, o vento, a paz e tudo aquilo que estava disposto à me testemunhar, a me acompanhar em uma jornada que eu mal sabia onde iria dar.

Mas deu. Dei sorte. Embora o cansaço e a vontade que eu tinha de voltar, era pra frente que se andava, que se alcançava, que se crescia e que se melhorava. Não poderia retroceder, não poderia largar a minha luta e a minha vontade de viver, encontrar, amar, sofrer e viver novamente. Fosse comigo, com você ou com qualquer outro alguém que ousasse me conhecer, me entender, me compreender. Encontrei à minha frente um horizonte de novas opções, ações, reações e emoções. Encontrei uma felicidade, até então, nunca desfrutada, mas muito desejada e admirada.

À minha frente, encontrei um horizonte de possibilidades que iam além de mim, do que eu sentia, do que eu esperava e do que eu queria. Nesse horizonte, encontrei o meu caminho, o meu destino, cheio de amores, de vida, de alegria e conquistas, muito além do que eu poderia imaginar ou ver...

Mas, que incluía, com toda a certeza, você.

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