" Ausência; S.f: Afastamento, falta de presença: constatar, notar uma ausência. Fig: Inexistência, carência: ausência de qualquer critério. Distração, perda de memória: ter ausências. "
Ausência de cor, ausência de corpo, ausência de palavras. Ausência de mãos, ausência de amor, ausência de risadas. Ausência de pessoas, ausência de lembranças, ausência de estradas. Ausência de sentir, ausência de matriz, ausência de lucidez. Ausência de saudade, ausência de decisão, ausência de coração. Ausência de cigarros, ausência de encontros, ausência de destino. Ausência de estupidez, ausência de loucura, ausência de sensatez. Ausência de carinho, ausência de amigo, ausência de companherismo. Ausência de porto seguro, ausência de reciprocidade, ausência de perigo. Ausência, ou ausente, até mesmo da própria existência.
Se ausência tem esses e todos os outros significados, seria ousado demais, então dizer que ausência seria quando nos ausentamos de nós mesmos? Ou mais: quando tentamos fugir de algo que não é tão ausente?
Ausências, perdas, afastamentos, carências, critérios ou distrações...
São possibilidades além de você, de mim, de nós. Além de.
" Me torno ausente quando destino todo o meu tempo pensando em você. Mas me torno ausência sempre que destino esse tempo pro mesmo. "
sábado, 24 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
Metade.
Não gosto de metades. Não acredito que seja possível ser feliz com a metade de alguma coisa que nunca acharemos a outra metade perdida, escondida. Não existe a possibilidade de ter sentimentos, pensamentos, desejos, solidão, vontades, decisões ou escolhas pela metade... Ou é, ou não é!
Vivo na intensidade daquilo que acredito, não acho um meio termo entre o oito ou o oitenta. Ou é um, ou outro, mas nunca o meio, a metade, a raspa da coisa toda. Vivo aquilo que eu sinto, por inteiro, sem rodeios, agradando, ou não, a quem se interesse.
Escolher ser a metade de algo ou alguém, é anular a sua outra metade. Logo, não seremos inteiros e nunca seremos capazes de sentir tal sensação se continuarmos com a ideia de nos acostumarmos com as metades que nos são dadas. Que merda! Não quero essaporra de metade, ou encontro alguém que me dê algo por inteiro, ou farei o meu inteiro por si só.
Por si só... Ah!
Vivo na intensidade daquilo que acredito, não acho um meio termo entre o oito ou o oitenta. Ou é um, ou outro, mas nunca o meio, a metade, a raspa da coisa toda. Vivo aquilo que eu sinto, por inteiro, sem rodeios, agradando, ou não, a quem se interesse.
Escolher ser a metade de algo ou alguém, é anular a sua outra metade. Logo, não seremos inteiros e nunca seremos capazes de sentir tal sensação se continuarmos com a ideia de nos acostumarmos com as metades que nos são dadas. Que merda! Não quero essa
Por si só... Ah!
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Houve tempo.
Houve tempo pra dizer o que sentia, assim como houve tempo também pra ouvir. Houve tempo pra olhar nos olhos, assim como houve tempo também pra enxergá-los. Houve tempo pra tocar o que quisesse, assim como houve tempo também pra ser tocado. Houve tempo de roubar um coração, assim como houve tempo também pra deixar que o seu fosse roubado. Houve tempo pra dar um abraço, assim como houve tempo também pra abraçar quem fosse. Houve tempo pra namorar, assim como houve tempo também pra ser namorado. Houve tempo pra fazer planos, assim como houve tempo também pra começar realizá-los. Houve tempo pra errar, assim como houve tempo também pra consertar. Houve tempo pra mudar todo o enredo da história, assim como houve tempo também pra se enredar. Houve tempo pra alguém se apaixonar, assim como houve tempo também pra se apaixonar por alguém.
Houve tanto tempo, pra tantas coisas e pessoas. Mas hoje? Hoje eu queria que houvesse mais algum tempo, mas... não há.
Houve tanto tempo, pra tantas coisas e pessoas. Mas hoje? Hoje eu queria que houvesse mais algum tempo, mas... não há.
domingo, 4 de outubro de 2009
Segurança.
Às vezes eu paro pra pensar no quão engraçada a vida é! Digo isso pelo simples fato de observar tudo e todos, mesmo que de longe, e de acordo com todos os depoimentos semanais que ouço e leio dia-a-dia, vou vendo o quanto todas as pessoas são demasiadamente carentes.
Isso mesmo, carentes! Seja de emoções, de saudades, de sentimentos, de amor-próprio, de amigos, de família, de namorado (a), de animais, de flores, de sorrisos, de mãos, de peles e cheiros, de sabores, de essências, de passado, de presente e futuro. Mas são carentes, principalmente de segurança.
É! a palavra de hoje é segurança. Afinal de contas, todos nós precisamos nos sentir seguros de algo ou até mesmo alguém. Mas e quando essa segurança depende muito mais da nossa própria insegurança? Sim, insegurança de sentir, insegurança de viver, insegurança de falar, insegurança de tocar. Até onde culpamos uma outra pessoa por não nos manter segura, pra não nos culparmos o tempo todo por sermos totalmente inseguros?
Enquanto pensarmos que pra nos sentirmos seguros temos que depender de outra pessoa, jamais teremos liberdade de espírito pra enfrentar nossos desejos, erros e acertos. Pois não adianta depositarmos todas as nossas expectativas na responsabilidade de outra pessoa, pra que nos sintamos mais felizes, porque isso depende unicamente de nós! Despertar segurança, a nossa especificamente, depende unicamente da nossa capacidade de saber que ninguém está aqui pra suprir aquilo que não temos, pra superar os limites que impomos, pra sentir aquilo que nós sentimos.
" Cada um pedala a sua bike, compartilhando a mesma ciclovia. "
Portanto, devemos canalizar ao máximo os nossos pensamentos, sentimentos e vontades e direcioná-los pra'quilo que mais nos satisfaz (não há mal em sermos egoístas nesse ponto, o maior mal que cometemos é quando não somos) pra que seja possível existir reciprocidade, seja da vida, do dia-a-dia ou de pessoas que amamos.
É! a palavra de hoje é segurança. Afinal de contas, todos nós precisamos nos sentir seguros de algo ou até mesmo alguém. Mas e quando essa segurança depende muito mais da nossa própria insegurança? Sim, insegurança de sentir, insegurança de viver, insegurança de falar, insegurança de tocar. Até onde culpamos uma outra pessoa por não nos manter segura, pra não nos culparmos o tempo todo por sermos totalmente inseguros?
Enquanto pensarmos que pra nos sentirmos seguros temos que depender de outra pessoa, jamais teremos liberdade de espírito pra enfrentar nossos desejos, erros e acertos. Pois não adianta depositarmos todas as nossas expectativas na responsabilidade de outra pessoa, pra que nos sintamos mais felizes, porque isso depende unicamente de nós! Despertar segurança, a nossa especificamente, depende unicamente da nossa capacidade de saber que ninguém está aqui pra suprir aquilo que não temos, pra superar os limites que impomos, pra sentir aquilo que nós sentimos.
" Cada um pedala a sua bike, compartilhando a mesma ciclovia. "
Portanto, devemos canalizar ao máximo os nossos pensamentos, sentimentos e vontades e direcioná-los pra'quilo que mais nos satisfaz (não há mal em sermos egoístas nesse ponto, o maior mal que cometemos é quando não somos) pra que seja possível existir reciprocidade, seja da vida, do dia-a-dia ou de pessoas que amamos.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Coração casa.
" You change your life, by chasing your heart!. "
Até onde essa frase faz sentido pra nós? Até que ponto ela pode fazer parte de nossas vidas sem passar despercebidamente por sempre nos acostumarmos com coisas que não sabemos como abrir mão, como deixar pra trás, como mudar, de fato, o real sentido de nossas vidas. Então, seria possível mesmo mudar a nossa vida perseguindo nosso coração quando é praticamente doloroso perseguí-lo? Ainda mais, seria possível mesmo sem fazer doer tanto quanto sempre dói e parece que nunca se cicatriza?
Esquecer o que passou seria uma forma de recomeçar a vida ou esquecer tudo aquilo que fomos, somos e ainda seremos? É tão difícil conseguir expressar o que o coração sente nessas horas onde ele grita: " EI, por favor!! Precisamos mudar, precisamos mudar. " PRECISAR-MUDAR! Estão aí as palavras... precisar mudar é tão necessário quanto respirar. Mudar de rumo, mudar de história, mudar a cultura, mudar as músicas, mudar as roupas, mudar a alimentação, mudar o cabelo, mudar as meias, mudar o colchão e travesseiro, mudar as cores, mudar os dias, mudar de endereço, mudar de celular, mudar a rotina, mudar o pensamento, mudar o coração de lugar...
Ontem li um texto que dizia as seguintes palavras: " O amor é como uma casa, desejamos morar dentro dele, estar dentro dele, da mesma forma que desejamos morar e estar dentro de uma casa!. " Mas e quando essa casa é demolida sem motivos, ou está interdidata e cheia de avisos de demolições? Como é que nós mudamos de caminho, perseguindo nosso coração, sendo que não sabemos nem por onde devemos começar?
Caminho-mudar-o-coração-casa! Seria, então, a resposta:
Mudar o coração de casa?
Sei lá, Sei lá! Pequenas bobagens de um pensamento cotidiano.
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