domingo, 23 de janeiro de 2011

Tão perto, tão longe.


Tão perto. Tão longe. E essa saudade que consome! Não penso direito no que, no por que, no como. Mas sei de quem. É de você. São tantos, e ao mesmo tempo poucos, quilômetros me separando de você que eu nem encontro palavras pra tentar esconder o que já não se esconde, o que eu procuro todos os dias na esperança de que você se renda, se encante e me encontre.

Tão perto. Tão longe. E essa angustia aos montes! Quase os mesmos olhos, os mesmos toques, os mesmos pensamentos e tantas discordâncias. São inúmeras diferenças que nos aproximam, mas são através delas que concordamos numa coisa ou outra. Sua resistência em me dizer, em tentar demonstrar, utilizando meios como esse pra me ludibriar. Minha fragilidade se mostra pra você como ferida exposta, que incomoda e te faz dar voltas e voltar sem entender por que.

Tão perto. Tão longe. E esse sentimento que se expande! Não controlo a intensidade do que sinto, escrevo e penso. Mas controlo a vontade que sinto de ficar perto de você a todo o momento. Tomo tento necessário pra não invadir o seu espaço. Eu sei. Você sabe. Assim evitamos maiores sofrimentos. Compartilhamos alguns momentos, in-oportunos, desatentos. Alguns passeios in-esperados. Entrego o que eu acredito nas mãos do acaso que, às vezes, nada por acaso junte você comigo, eu contigo, formando um laço.

Tão perto. Tão longe. E esse emaranhado de coisas que dão fome! Devoro tudo o que convém, vomito em palavras tudo aquilo que o meu estômago não digere, que causa desconforto, que alivia a voz e desata os nós da garganta. Que espanta. Que encanta. Que canta qualquer coisa que me faça sonhar com o dia em que você vai se declarar. Vai se enfrentar. Vai me olhar. Vai me levar junto com você pra onde quer que você decida ir e ficar.

Tão perto. Tão longe. E essa vontade que nunca some...
De poder ficar mais perto. De não te ter, assim, tão longe.

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