terça-feira, 12 de janeiro de 2010

2010.


Primeiro post do ano. Mas, e daí que é um Ano Novo? Sendo que a maioria das coisas continuam velhas: a casa, as roupas, os pensamentos, os sentimentos, os amigos, os amores. VELHO! Ok, talvez essa não seja a palavra certa, então optemos por "certo" ao invés de velho. Mesmo assim, são as mesmas coisas, a mesma vida, o mesmo cotidiano. A medida que os anos passam e crescemos - ou não - vamos percebendo (ou definitivamente perdendo) o sentido das coisas que nos rodeiam. Sempre rola aquela retrospectiva do ano anterior e a expectativa de tudo o que você espera no ano que está começando.

Alguns acreditam que esse ano é o ano do sucesso, outros acreditam que é o ano do sim, outros acreditam que é o ano da dignidade e amor próprio, outros acreditam que é o ano do amor. Sinceramente, pra mim, acredito que seja mais um ano como todos os outros que se encerraram e que representa, mais do que nunca, aprendizado. ACREDITAR! Talvez essa seja sempre a palavra certa pra cada ano que se encerra e começa. Acreditar que vai ser diferente, acreditar que vai ser igual, acreditar que você vai conseguir, vai superar, e vai, definitivamente. Pois é, mais um ano que se encerra e que eu aprendi, novamente: a cair num buraco sem fundo, a me levantar sozinha, a amar, a esquecer, a crescer, a ser criança sempre, a não desistir, a desistir às vezes, a acreditar nos sonhos, a sonhar menos, a viver mais, a viver na medida, a me permitir, a me fechar, a me perder, a me encontrar, a me tornar melhor, a conhecer o meu pior, a me entender, a nunca fugir, a enfrentar o perigo.

Mas acima de tudo isso que aprendi e reaprendi, eu aprendi a me amar bem mais do que eu nunca me amei antes e entender de uma vez por todas que dificilmente conseguimos levar tudo e todos por anos e anos seguidos e que, automaticamente, algumas coisas e pessoas vão perdendo o sentido a medida que os dias de cada ano se passam, e como é fácil fazer as coisas se perderem quando temos a real vontade de que se percam mesmo.

Involuntariamente, no ano que se encerrou, perdi amigos, perdi amores, perdi conversas, perdi desenhos, perdi músicas, perdi pensamentos, perdi oportunidades, perdi sentimentos, perdi muita coisa que, talvez, eu não quisesse ter perdido. Entretudo, acredito muito naquela frase que dizem por aí: "Natural é encontrar e perder, perder e encontrar. Assim como reencontrar.". O ano MAL começou e eu já ganhei e reencontrei tanta coisa, assim como tantas pessoas também - e pra quem não tinha propósito e expectativa nenhuma nele, até que ele começou bem demais - e é surpreendentemente como a vida se encarrega de fazer sempre o certo, mesmo que por caminhos avessos, tortos e sem contextos. É, às vezes a gente reclama, mas sabe que tudo que vem, vem pra o nosso bem e é essa certeza que nos move a cada dia, por mais que existam os famosos trancos e barrancos.Entra ano e sai ano e a gente vai vendo o quanto somos felizes pelas mudanças que cada um representa em nossas vidas. E a partir disso, definimos, literalmente falando, o que queremos pra nossas vidas nesses 365 dias que começam. E eu já decidi...

Decidi, mesmo, é ser feliz.

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