terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O Sorriso.


Se quiser falar algo... Que fale como o vento fala às folhas, que fale como a brisa que ameniza o coração. E, então, construa no silêncio. Quero roubar de você a sensação de paz. Se quiser falar algo... Simplesmente não diga, pois pode ser que eu já esteja presente, no fruir das almas ou na magia dos (seus) dias, nos desencantos, encantos, encontros e desencontros e na esperteza do destino.

Me dê, então, aquele pequeno sorriso de satisfação, fui seduzida pelo encanto dos lábios teus, mesmo longe dos lábios meus. Nada será tão atraente como ele, de modo que nem riso e nem lágrima fossem capazes de escondê-lo, assim como os ouvidos meus que sabem escutar segredos teus, das nossas vozes que se misturam e que falam mesmo em silêncio. Pois nem a letra, nem a sílaba, talvez nem mesmo a palavra, pois que se transcede em encanto - o mais puro de todos eles -.

No seu sorriso está a magia, o limiar entre o " bem-vindo! " e o " adeus! ", pra descobrir o prazer do " até breve! ". Pois que o prazer estará sempre no encontro, no unir que vence as individualidades, os medos, as incompreensões. E, por isso, sejamos breves, impulsionados por nossa eternidade e perdidos no tempo, e não mais tempo algum senão uma ilusão de um minúsculo instante, onde vejo, com o coração...

o sorriso que é só seu.