Estou-me indo, esvaindo, sumindo, caindo. Mas pra onde? Quando? Quanto? Do que me escondo? O que se esconde? Vou ou não vou? Vou sem saber? Vou sem por quê?
Só sei que apenas vou, sem rua certa, sem portas abertas, sem pessoas na janela, sem o sol pra brilhar. Apenas vou, sem rumo, sem tudo, sem muito, sem nada.
Vou pra onde der, pra onde puder e quem quiser que me alcance, que me lance, que me acompanhe. E quem me achar um pouco interessante, que me entenda como, propriamente, quiser.
Só sei que apenas vou, reto, sem olhar pra trás. Porque os olhos são os maiores responsáveis por aquilo que, de fato, tentamos deixar pra trás e não conseguimos.
Só sei que apenas vou, sem rua certa, sem portas abertas, sem pessoas na janela, sem o sol pra brilhar. Apenas vou, sem rumo, sem tudo, sem muito, sem nada.
Vou pra onde der, pra onde puder e quem quiser que me alcance, que me lance, que me acompanhe. E quem me achar um pouco interessante, que me entenda como, propriamente, quiser.
Só sei que apenas vou, reto, sem olhar pra trás. Porque os olhos são os maiores responsáveis por aquilo que, de fato, tentamos deixar pra trás e não conseguimos.
“É difícil perde-se. È tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo”.
ResponderExcluirClarice Lispector
12*